O robô Perseverance, que chegou em Marte em fevereiro deste ano, já ajudou os cientistas a se aprofundar em teorias sobre o planeta vermelho. Um estudo publicado na revista : “Science” em 7 de outubro, usou imagens feitas pelo robô para confirmar a existência de um lago.
O Perseverance explorou a chamada Cratera Jezero. A cratera atraiu o interesse de cientistas da Agência Espacial Americana (Nasa) e outros envolvidos na missão de ter a possibilidade de abrigar vida no passado. As imagens mostraram não só o lago existente na cratera, mas também que ele era alimentado por um rio.
Segundo o estudo, a existência de um lago remonta há bilhões de anos, quando a atmosfera marciana possibilitava o fluxo de água pela superfície do planeta.
Ele teve grandes variações em seu volume de água ao longo dos anos, mas ainda não se sabe se isso foi causado por enchentes ou mudanças climáticas. Causando a seca no lago.
Além da comprovação importante para os cientistas, as imagens do Perseverance também apontou informações que devem ajudar na missão de confirmar se Marte já teve vida no planeta, mesmo que microscópica.
Com o uso da supercâmera do robô, foi possível identificar locais com um potencial maior para a busca por pedaços de rochas e sedimentos que possam conter organismos, e outras evidências para a existência de vida.
A busca por essas evidências faz parte da missão principal do Perseverance, que foi enviado para Marte em 2020. Ele deverá coletar materiais rochosos que serão enviados de volta para a Terra, e serão analisados por cientistas.
O artigo foi o primeiro produzido com dados obtidos pelo Perseverance. Agora, o robô vai se dedicar à exploração dos restos de um delta. Um corpo rochoso formado por sedimentos do rio que passava pela cratera.
A base desse delta é considerada um local com grande potencial para extração de rochas que podem conter matérias orgânicas, segundo cientistas responsáveis pela missão.